quinta-feira, 30 de julho de 2009

César Cielo faz história nas piscinas




Um dia histórico para o esporte brasileiro. Nessa quarta-feira, o nadador paulista César Cielo, 22 anos obteve a medalha de ouro dos 100 metros livre do Mundial de Natação, em Roma e de quebra bateu o recorde mundial da prova, com o excelente tempo de 46s91.

Cielo foi apenas o segundo brasileiro a ganhar medalha de ouro na história dos mundiais. O feito não era obtido desde 1982, quando Ricardo Prado venceu os 400 metros medley, no mundial de Guayaquil.

Cielo é o maior nadador que o país já teve, superando Gustavo Borges. Ele já havia entrado para a história em 2008 ao vencer a prova dos 50 metros livre nas Olimpíadas de Pequim e ganhar a medalha de bronze nos 100 metros livre.

Parabéns César Cielo!! Você merece!! E ainda dará mais alegrias ao povo brasileiro!

Crédito foto: Reuters

sexta-feira, 24 de julho de 2009

A grande fase dos goleiros brasileiros

Há algum tempo atrás, o Brasil, país do futebol, era motivo de chacota por revelar poucos bons goleiros, como Gilmar dos Santos Neves e Émerson Leão. Nossa especialidade era em formar bons meias e atacantes. "Nuestros hermanos" argentinos eram superiores na posição.

De 2000 para cá, os papéis começaram a se inverter. Temos hoje uma excelente safra de goleiros brasileiros atuando em terra brasilis e no exterior. Pegando como parâmetro, o atual Campeonato Nacional é fácil constatar o quanto temos grandes talentos debaixo das traves. Alguns exemplos, o gremista Victor, o cruzeirense Fábio, o corintiano Felipe, o atleticano Aranha. E no exterior, o ex-palmeirense Diego Cavalieri, reserva no Liverpool, o ex-atleticano Diego Alves, titularíssimo no Almería da Espanha e Julio César, o melhor goleiro do mundo na atualidade defendendo as cores da Internazionale. Isso sem falar nos veteranos e consagrados Marcos e Rogério Ceni.

Dunga, comandante da Seleção Brasileira deve estar tendo uma boa dor de cabeça. Afinal, possui um grande leque de opções para a camisa número 1. Júlio César é nome certo para a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. E a concorrência para as duas vagas restantes para compor o grupo é bem acirrada: Victor, do Grêmio, Gomes do Tottenham e Doni, da Roma estão na briga.

A Argentina já não revela bons goleiros como antes. Talvez os melhores nomes sejam Carrizo, da Lazio, Pato Abondanzieri, do Boca Juniors e Andrújar, do Estudiantes de la Plata. E esses três não são excepcionais. Prefiro muito mais os nossos arqueiros.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O futebol carioca está mais triste...

Que fase ruim vive o futebol carioca. Não bastasse o glorioso Vasco da Gama disputando a série B do Campeonato Brasileiro, o estado tem dois clubes na zona do Rebaixamento da elite. Se o Brasileirão se encerrase hoje, Botafogo e Fluminense cairiam para a série B. O melhor carioca é o Flamengo na modesta 10º colocação.
O Fluminense, campeão Brasileiro de 1984, dá vexame a cada rodada e ocupa atualmente a lanterna. Os sucessivos maus resultados resultaram na queda do técnico tetracampeão mundial Parreira. Se você olhar o time base do Flu, percebe-se que é um time para não ocupar a parte inferior da tabela. O meia Conca e os atacantes Fred e Leandro Amaral são atletas desejados por vários times do Brasil. A esperança dos tricolores está em Renato Gaúcho, que assumirá ainda nessa semana o comando técnico.
O Botafogo tem um time sofrível que não condiz com a tradição do clube. Deve lutar para não cair. O craque por incrível que pareça é o limitado Lúcio Flávio. Dá para entender porque o clube está nessa situação.
Já o Flamengo entrou em queda livre com a saída do excelente meia Ibson, que foi defender as cores do Spartak de Moscou. Se não tomar cuidado e a diretoria não reforçar o elenco, o Flamengo pode passar sufoco no restante do Brasileiro. A equipe deve brigar no máximo por uma vaga na Copa Sulamericana.
Antigamente os cariocas davam espetáculo, eram superiores aos paulistas. E não é de hoje que eles entraram em decadência. Desde 2000, os clubes do estado não faturam o Nacional. Vasco da Gama foi o último.
Qual é a explicação para o declínio dos cariocas?
Eu tenho uma resposta: Incompetência dos cartolas. Todos os grandes do Rio estão com salários atrasados.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Mineirazzo: A América é do Estudiantes de la Plata



Eu já havia alertado que a tarefa do Cruzeiro em se sagrar campeão da Libertadores não seria fácil. Antes da final, palpitei pelo título do Estudiantes e acertei em cheio.
Se quisesse faturar o tri da Libertadores, o Cruzeiro precisaria vencer pelo placar mínimo, o que não conseguiu e o pior levou uma virada em pleno Mineirão, calando os mais de 65 mil cruzeirenses que compareceram ao Mineirão.
A equipe mineira foi muito mal e o clube argentino com todos os méritos faturou o título da Libertadores, o quarto de sua história.
O Cruzeiro fez um primeiro tempo ruim, não conseguiu furar o bloqueio defensivo imposto pelos argentinos. Se sobrava vontade, faltava inspiração.
A Raposa voltou para o segundo tempo melhor. E o gol não demorou a sair. Logo aos 6 minutos, Henrique arriscou de fora da área, a bola desviou em Desábato, enganando o goleiro Andrujar. Com a vitória mínima, a equipe cruzeirense relaxou, abdicou do ataque pensando que já estava com o título garantido. Ledo engano. Retraída, levou o empate aos 12, com Fernándes, aproveitando cruzamento de Cellay e a virada com Boselli, de cabeça aos 27. Deu tempo de Tiago Ribeiro carimbar a trave e Leonardo Silva perder boa oportunidade de empatar, o que levaria a decisão para a prorrogação. E antes de dar 48 minutos, o juiz chileno encerrou a final, dando adeus ao sonho do Tri para o Cruzeiro. Pela terceira vez seguida, o Brasil perde uma decisão para clubes estrangeiros. Foi assim em 2007( Grêmio contra Boca Juniors), 2008 (Fluminense contra LDU) e agora 2009 (Cruzeiro contra Estudiantes).

Crédito foto: EFE

segunda-feira, 13 de julho de 2009

A chata dança dos técnicos




Todo ano é a mesma coisa. Basta um time ter uma má campanha no Campeonato Brasileiro para a bomba estourar em direção ao lado mais fraco: o do treinador. Só nessa segunda-feira, três técnicos foram dispensados pela cartolagem: Márcio Bittencourt, do Náutico, Carlos Alberto Parreira, do Fluminense e Vágner Mancini, do Santos.

Um caso a parte

O Santos tem se notabilizado por degolar os seus técnicos numa velocidade semelhante a da luz. Em pouco mais de um ano, quatro treinadores passaram pelo clube, todos sem sucesso: Émerson Leão, Cuca, Márcio Fernandes e mais recentemente Vágner Mancini, que não resistiu a goleada humilhante para o Vitória por 6 a 2. Essa constante troca de técnicos ao meu ver mostra que o grande problema no Peixe não é quem comanda o time pelo gramado e sim jogadores e diretoria. O presidente "ditador" Marcelo Teixeira a cada ano que passa gasta uma dinheirama com jogadores que não tem a mínima condição de vestir a camisa do Santos, que um dia foi de Pelé, o maior jogador de futebol de todos os tempos. Traz jogadores sem nenhum comprometimento com o clube e que se dividem em grupos, nas famosas "panelinhas". O goleiro Fábio Costa não se dá bem com quase ninguém no elenco. Ainda no Campeonato Paulista desse ano, brigou feio com o companheiro Fábiano Eller e o pior quase o agrediu com uma tesoura, sendo contido pelos demais atletas. Há cerca de 20 dias, às vésperas do jogo contra o Atlético MG discutiu ásperamente com o preparador de goleiros do clube. O até então treinador Wágner Mancini se revoltou contra quem dedurou a briga para a imprensa. Disse que assim que soubesse do "X-9" iria puní-lo.
Na semana retrasada, o zagueiro Fabiano Eller, afastado do time, reclamou que jovens promessas com Neymar e Paulo Henrique não estavam ajudando o setor defensivo e que isso seria uma das razões para o Santos ter a defesa mais vazada do Campeonato Brasileiro. De fato o clima é o pior possível pelos lados do CT Rei Pelé.
É lastimável um jogador de várzea como Domingos ser titular. É um grosso e comete falhas grotescas prejudicando o time todas as vezes que entra em campo. Está mais do que na hora de a diretoria ver esse absurdo e botar na rua essa mediocridade.
Enquanto não promove uma faxina no elenco, a diretoria negocia a chegada de um novo treinador. Vanderlei Luxemburgo e Muricy Ramalho são os nomes mais fortes. Creio que será uma bobagem Luxemburgo retornar ao clube. Há um bom tempo, o técnico não produz nada e tem um salário altíssimo, que não condiz com a realidade financeira do futebol tupiniquim. Muricy é o nome mais honesto. Mesmo tendo um custo alto, não igual do de Luxemburgo, é um treinador sério e que cobra o máximo de seus jogadores. Porém sua chegada não é certeza de sucesso. É necessária a vinda de alguns reforços para o Santos voltar a ser grande, um time que seja competitivo e que não tenha o objetivo de fugir do Rebaixamento, como na edição passada do Brasileirão.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Corintianos riem à toa




O Corinthians vive um conto de fadas. Acho que nem o torcedor mais fanático acreditava num ótimo primeiro semestre de 2009 com as conquistas do Campeonato Paulista de maneira invicta e da Copa do Brasil, com a vaga assegurada para a Libertadores de 2010. Não custa lembrar que ano passado, o clube viveu um de seus piores momentos de sua história com a disputa da série B do Campeoanto Brasileiro. Voltou a elite com muita tranquilidade e manteve a boa base para esse ano, acrescida com reforços importantes como os atacantes Ronaldo, que dispensa comentários e Jorge Henrique, um atacante com pouca técnica, mas que é importante taticamente com sua dedicação. A defesa formada por Chicão e William é a melhor defesa do país e conta com uma muralha debaixo das traves: Felipe.
O Timão teve um início de ano, não muito animador. Não perdeu, mas empatava com frequência deixando os torcedores com a "pulga atrás da orelha". Acabou terminando a primeira fase do Paulistão, na terceira colocação, garantindo vaga na semifinal contra o rival São Paulo. E foi nessa fase que o Timão começou a pegar o embalo. Eliminou o Tricolor( com duas vitórias) e pegou o Santos na grande final. Ronaldo Fenômeno "matou" o rival ainda na Vila Belmiro, com dois golaços na vitória por 3 a 1. No jogo da taça, no Pacaembu, o alvinegro do Parque São Jorge empatou em 1 a 1 e com muita tranquilidade conquistou o Estadual.
Mas o grande objetivo da temporada ainda não havia sido alcançado. A prioridade era a Copa do Brasil, sabendo que o título daria uma vaga na Libertadores, torneio desejado por todos corintianos.
Nas duas primeiras fases eliminou com sobras Itumbiara e Misto-MS. Nas oitavas de final da Copa do Brasil, passou com dificuldade pelo Atlético PR. Nas quartas derrubou o Fluminense, calando os mais de 60 mil torcedores presentes no Maracanã. Na semifinal, o Vasco, que disputa a série B do Brasileirão deu muito trabalho. O Corinthians não conseguiu vencer, mas com dois empates, chegou a finalíssima por ter marcado um gol fora de casa. O goleiro Felipe, vilão da edição da Copa do Brasil do ano anterior, praticou verdadeiros milagres evitando uma eliminação.
E veio a tão aguardada final contra o Internacional, até então considerado por muitos, inclusive por mim, o melhor time do Brasil. No jogo de ida, no Pacaembu os corintianos deram um grande passo para o título ao vencer por 2 a 0. A equipe fez uma partidaça. Na volta, no Beira Rio, o Timão liquidou a fatura com dois gols com 30 minutos de jogo. Mesmo cedendo o empate no final, o alvinegro com méritos obteve o Tricampeonato da Copa do Brasil. Nada que tirasse o brilho da conquista.
O ano ainda não acabou. Comissão técnica e jogadores apostam suas fichas na conquista do Campeonato Brasileiro, um feito inédito para o clube, que obteria a Tríplice Coroa (Campeonato Paulista, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro).
Ao se julgar pela última atuação no Nacional, a primeira depois da ressaca pelo título da Copa do Brasil, o Corinthians deixou todos com a certeza que o clube entrou forte na briga pelo título. Fez um excelente primeiro tempo contra o Fluminense. Abriu 3 a 0, jogava um futebol gostoso de se ver, com toques rápidos e golaços. Na etapa final, com a grande vantagem no placar, relaxou um pouco, deixando o adversário marcar dois gols. Mas Ronaldo no fim matou qualquer chance carioca com um belo gol de fora da área. O Timão está há seis pontos no líder Internacional. Se os adversários o deixarem chegar, será difícil evitar mais um novo título na temporada.
O Corinthians vem jogando o fino da bola e é muito difícil de ser batido. Tem uma defesa sólida e um ataque mortal. Méritos para o ótimo trabalho de Mano Menezes e dos jogadores que vem honrando a camisa alvinegra. Desse jeito, a Fiel passará o final do ano em estado de puro êxtase!

terça-feira, 7 de julho de 2009

Rivalidade Brasil x Argentina na final da Libertadores. Quem levará a melhor?

Cruzeiro ou Estudiantes. Rivalidade brasileira x argentina à toda prova. Um desses clubes conquistará a América, no dia 15 de julho. Ambos foram os mais regulares na competição e chegaram com méritos a grande final. Coincidentemente os finalistas se encontraram na fase de grupos. No jogo de ida, em Belo Horizonte, o clube brasileiro venceu por 3 a 0. Já na volta, em Mar del Plata, na Argentina, o Estudiantes devolveu a derrota com impiedosos 4 a 0.

Nessa quarta-feira acontece o primeiro jogo da final, sob mando de campo do Estudiantes. A volta será na quarta-feira seguinte, no Mineirão. É um duelo cercado de equilíbrio. Estudiantes tem a melhor defesa, ao contrário do Cruzeiro que tem o melhor ataque.

A grande esperança de gols cruzeirense está no atacante Kléber, que vive excelente fase. A preocupação é em relação a sua indisciplina. O brasileiro tem a fama de pavio curto e já foi expulso duas vezes na Libertadores, inclusive contra o Estudiantes, no Mineirão, quando fez falta dura no argentino Verón, que é a grande estrela do adversário. Com 34 anos, Verón não mantém o mesmo pique de antigamente, mas não perdeu o poder de criar as melhores jogadas ofensivas, com faltas ou assistências aos companheiros.

Torço para o Cruzeiro levantar o caneco da Libertadores, mas estou pessimista e acho o Estudiantes mais maduro para ser campeão. Estou dizendo isso desde as quartas de final. Tomara que esteja errado.

sábado, 4 de julho de 2009

Renovação na Seleção Brasileira de Vôlei

Bernardo Rocha de Rezende. Esse é o nome da pessoa que revolucionou o vôlei brasileiro masculino. Treinador da Seleção Brasileira, desde 2001, trouxe os maiores títulos da história do esporte para o país: 2 Campeonatos Sulamericanos, 2 títulos de Campeonato Mundial, 5 Ligas Mundiais, uma medalha de ouro nas Olimpíadas de 2004 e uma de ouro no Pan-Americano do Rio de Janeiro, em 2007. Formou uma base sólida. De uma hora pra outra, a seleção virou o grande bicho papão no mundo. Batê-la era uma das tarefas mais difíceis. Em 2008, começou a ver desgastes entre seus comandados. O desempenho foi afetado. Na Liga Mundial,o Brasil terminou na modesta 4ª posição. Nos Jogos Olímpicos de Pequim, perdeu a final para os EUA. E no fim do ano, o vice-campeonato da Copa América.
Uma renovação no grupo era importante visando as Olimpíadas de 2012, em Londres. Muitos dos atletas estavam com idades avançadas.
No fim do primeiro de semestre de 2009, Bernardinho deu início a reformulação. Saíram Nalbert, Gustavo, Marcelinho, Anderson e André Nascimento. Caras novas chegaram como o oposto Rivaldo, de 29 anos, os pontas João Paulo e Thiago Alves, e o central Tiago Barth. Dos que conquistaram o ouro em Atenas, em 2004, somente o líbero Escadinha permaneceu no elenco.
Mesmo com o desentrosamento, a seleção teve um bom início na Liga Mundial. É o líder do Grupo D com 20 pontos, 9 a frente da vice-líder Finlândia. Em oito jogos, somou sete vitórias e apenas uma derrota, no último sábado para a Finlândia.
A confiança é grande para que a renovada seleção repita o sucesso da primeira base formada por Bernardinho.